Abertura Ano Político 2023/2024

PAICV inicia, em grande, o Ano Político 2023/2024

 

Com a sala repleta de militantes, simpatizantes e amigos, e no meio de uma intensa e alegre manifestação da nossa cultura, o PAICV fez, no passado dia 7 de outubro, a abertura do Ano Político 2023/2024.

A dimensão do entusiamo e da vibração dos presentes anunciavam, por si, que o Ano Político de 2023/2024 será especial e peculiar. Na verdade, trata-se do ano do início de um novo ciclo eleitoral que será inaugurado com as eleições autárquicas de outubro e novembro.

As honras da casa foram feitas pela Comissão Política de Santiago Sul, região anfitriã deste importante ato político, na pessoa da sua vice-presidente, Paula Moeda. Além das saudações de boas-vindas, Paula Moeda relevou a importância do acontecimento político não só para a capital, mas para o país inteiro, confirmada pela presença massiva e a participação ativa de militantes e amigos, dando sinais encorajadores de motivação para mudar o rumo do país

Os participantes foram desafiados por Paula Moeda a cerrar fileiras e a trabalhar arduamente para voltar a ganhar todas as Câmaras Municipais da Região: Praia, Ribeira Grande de Santiago e São Domingos, reforçando as importantes vitórias alcançadas em 2020.

Na qualidade de Presidente da Federação Nacional das Mulheres do PAICV, partilhou a sua “fundada certeza de que a Federação das Mulheres do PAICV continuará a dar um contributo determinante para que esses objetivos sejam concretizados e tudo fará para que, no próximo pleito eleitoral, o equilíbrio de género nas listas e nas respetivas lideranças sejam melhores.”

O segundo orador ao Ato foi o atual presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, que é também candidato, pelo PAICV, a um novo mandato.

Depois de saudar os presentes, Carvalho lembrou que, a passagem de duas para oito câmaras nas eleições autárquicas de 2020, quando o Presidente do MpD anunciava, com pompa e circunstância, que ia ganhar as 22 do país, deixou o MpD muito nervoso e desarticulado.

Carvalho acredita que o PAICV pode tornar-se, em 2024, o maior partido autárquico de Cabo Verde, uma meta ao nosso alcance, com   os cabo-verdianos percebendo  o PAICV como um partido político amigo, em  luta permanente pela a igualdade de oportunidade para todos.

Carvalho considera que o MpD está a governar o país, atacando e diminuindo o poder local, sendo que, em relação à Câmara Municipal da Praia (CMP), vale sublinhar: quatro inspeções de uma sentada, recusa do Tribunal de Contas em proceder a auditoria ao mercado de Coco, recusa de transferência de fundos do programa PRA, entre outros.

Mostrou a diferença marcante do PAICV na relação com os municípios, ao falar da forma efetiva e colaborativa como o anterior primeiro-ministro se relacionava com a CMP quando Ulisses Correia e Silva era Presidente.

Francisco Carvalho rematou que Cabo Verde precisa de um governo que esteja, de facto, empenhado em resolver os problemas do Poder Local em Cabo Verde.

Ao Presidente do PAICV, Rui Semedo, coube proferir o discurso central do ato político, iniciando com uma longa referência aos combatentes, com enfase nos anteriores presidentes do partido que “mostraram o caminho para que Cabo Verde  seja um país de paz e colocaram sobre os ombros da atual geração a responsabilidade de continuar o sonho de Cabral”.

Enalteceu o papel dos presidentes das Câmaras Municipais (CM) num contexto difícil para o mundo e para o país, e referiu às relações do atual governo com as CM, marcadas por uma grande intolerância da maioria em relação à oposição, pela criação de dificuldades e obstáculos, impedindo-as de cumprir a missão de servir os munícipes e Cabo Verde e por um grande défice de democracia.

O Presidente lembrou que o PAICV, historicamente, é chamado nos momentos mais difíceis para Cabo Verde, respondendo sempre pronto. Foi assim na pré independência no momento de sacrifícios, de grande entrega e de exaltação; na independência, assumindo com determinação a governação de um país por muitos tido como inviável; na transição para a democracia, nos anos noventa, em que assumiu, com humildade, a nova missão de oposição que lhe foi confiada pelos cabo-verdianos; e nos auspiciosos governos da transformação de Cabo Verde até 2016.

Dirigindo-se diretamente aos amigos, militantes e simpatizantes, mas particularmente à juventude, Rui Semedo disse que Cabral e o PAICV, durante os seus percursos, mostraram aos jovens o kaminhu di téra e, neste momento, o governo do MpD, mais uma vez, está a mostrar à juventude o caminho da terra longe. Neste quadro, pediu um forte engajamento da juventude para dar a Cabo Verde um novo rumo.

Segundo Rui Semedo, estamos a viver várias crises em simultâneo: da pobreza, da liberdade, do aumento do custo de vida, sendo a crise maior, a da governação. Temos um Governo desfocado da realidade do país, insensível, que não dialoga, intolerante, que não respeita as diferenças, que quer governar fora dos limites da constituição e que confunde os interesses públicos com os privados, contribuindo para o aumento do desemprego e a redução do rendimento das famílias.

No entender de Rui Semedo, é já uma policrise que só se resolve com um novo governo. Por isso, o PAICV deve estar preparado para, de novo, dizer ponto a Cabo Verde e juntar-se aos cabo-verdianos para mudar o estado das coisas.

O Presidente ainda relembrou aos presentes que este é um Ano Político que nos vai conduzir às eleições autárquicas. Sublinhou que o PAICV tem bons candidatos, que têm marcado a diferença na gestão autárquica a nível do país, pela competência, pela capacidade de prever e realizar, pelo diálogo com os cabo-verdianos, pela proximidade do poder local, pela dinâmica de construção do desenvolvimento local, pela seriedade, humildade e entrega dos nossos autarcas.

Finalizou, dizendo que o PAICV tem tudo para ganhar as próximas eleições autárquicas, e desafiando os militantes e amigos à entrega, ao engajamento, à participação e à mobilização para conseguirmos a vitória autárquica.

 

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